segunda-feira, 11 de maio de 2015


Sistema de tutoramento do tomateiro e o numero de hastes conduzidas

O Tomate é uma planta de habito de crescimento rasteiro. Sendo que devido às características comerciais e os tratos culturais que devem existir na plantação, se torna inviável que seus frutos e estruturas vegetativas tenham contato direto com o solo. O contato dos frutos e das estruturas vegetativas do tomateiro pode acarreta ou propiciar o aparecimento e manifestações de doenças que afetam a produção. A solução encontrada para essa situação é o tutoramento.

O tutoramento se trata da condução do tomateiro a fim de evitar com que seus frutos e estruturas vegetativas tenham contato direto com solo, assim são conduzidos às plantas através de sistemas que elevam as estruturas vegetativas. Atualmente são conhecidos os sistemas tutoramento vertical, tutoramento em “v” invertido e o sistema de tutoramento Viçosa. Os sistemas de tutoramento tem suas especificidades e cada um atente o produtor conforme suas características, principalmente climáticas e econômicas.

No trabalho realizado em ambiente protegido no campus experimental que se iniciou no dia 23/02/2015 com a cultura do tomateiro, está sendo conduzido o sistema de tutoramento vertical com o uso de fitilhos. A escolha desse sistema de condução se deve por apresentar certa eficiência na sua utilização, devido às características climáticas da região há uma baixa disponibilidade de luz nessa época que está sendo realizado o cultivo, além disso, o baixo custo e mão de obra do sistema.

Todas as três cultivares presentes na área experimental, foram conduzidas com o sistema de tutoramento vertical em fitilho. As cultivares se diferiram de acordo com o numero de hastes que foram conduzidas. Os critérios adotados para definir o numero de hastes teve como referência as características comerciais dos frutos desejados pelo mercado consumidor.

A cultivar Mascot se definiu a condução com 4 hastes com espaçamento de 1 metro entre linhas e 0,6 metro entre plantas. Com esse numero de hastes pretendemos aumentar a relação entre fonte dreno e obter frutos menores. O mercado consumido exige para essa cultivar frutos com características de serem pequenos, vermelhos e doces.

A cultivar Dominador e Sophia, estão sendo conduzidas com 2 hastes com espaçamento de 1 metro entre linhas e 0,6 metros entre plantas, com esse numero de hastes pretende-se obter frutos médios à grandes e com elevada produtividade por área. Sendo uma das características exigidas pelo mercado consumidor para estas cultivares, são frutos de tamanho grande.










domingo, 10 de maio de 2015

No cultivo do tomate, o objetivo é colher uma grande quantidade de frutos, e frutos de qualidade, assim como em outras culturas. Principalmente em variedades de crescimento indeterminado, podar as plantas e remover brotos e folhas indesejadas pode ser algo importante para garantir que todos os fotoassimilados sejam alocados para o fruto e assim garantir a quantidade e qualidade de frutos desejados.
Alguns tratos culturais são importantíssimos entre eles: desbrota e a poda. Na cultura do tomateiro este termos é muitas vezes utilizado como sinônimos, mas não o são. Os processos são descritos abaixo:
Desbrota: esta prática consiste na eliminação dos brotos, quando estes estão com geralmente de 2 a 5 cm laterais que surgem nas axilas de cada folha, realizando a eliminação dos mesmos. O objetivo é reduzir o número de ramos na planta e consequentemente a competitividade por assimilados dos cachos, sendo muito funcional para facilitar a aeração e o controle fitossanitário. Fotos abaixo ilustram a trato cultural desbrota.

Plantas com 41 dias após o plantio. Neste estádio as brotações são em grande quantidade e vigorosas. Já a partir de 1 semana após  o transplantio as brotações laterais se farão presente, sendo necessário realizar as desbrotas. 

Brotação eliminada. Detalhe do pedaço da haste deixado para impedir que doenças possam afetar a haste principal da planta. Numa possível infecção por um patógeno a planta lançará seu mecanismo de defesa (morte programada do tecido que impediria o progresso da doença) impedindo que o patógeno entre em contato haste principal que poderia levar a planta a morte.







Brotações se dão nas axilas das folhas.



No vídeo abaixo o termo poda deve ser trocado por desbrota, pois não houve a retirada do broto terminal das hastes e sim as brotações laterais. Neste video as plantas se encontram com 21 dias após o transplantio.



Já a poda ou capação: é uma operação que consiste na eliminação do broto terminal das hastes, realizada exclusivamente em materiais de hábito de crescimento indeterminado. Com a poda tem-se maior controle do crescimento da planta, sobre a floração e frutificação, limitando o número de pencas, garantindo frutos mais graúdos. Todas as cultivares de crescimento determinado dispensam a poda ou capação. Em breve explicaremos melhor sobre este importante trato cultural.