O transplante é feito em torno 20 a 30 dias após a semeadura, as mudas são transplantadas no mesmo estádio que aquelas produzidas em sementeiras (4 ou 5 folhas definitivas). As mudas transplantadas no ambiente protegido foram com exatos 30 dias. Nessa fase, é possível observar que as mudas encontram-se perfeitamente enraizadas, dando bastante consistência ao torrão (Figura 1).
Deve-se fazer uma irrigação no momento que antecede ao transplante. O ideal é que as bandejas são mergulhadas em uma solução contendo fungicidas (Metalaxyl + Mancozeb) e inseticida (Imidacloprid), com a finalidade de proteger as mudas durante os primeiros dias após o transplante. Porém as mudas após o transplantio apenas receberam pulverização dos inseticidas Mospilan e Tiger e Decis nas doses 40g/100L de água, 100ml/100L de água e 40ml/100L de água respectivamente.
Foto: Flávia Clemente
Fig. 1 - Muda no estádio ideal para transplante. Foto: Acervo Embrapa Hortaliças |
Independentemente do número de células na bandeja, é relativamente pequeno o volume de substrato contido em cada célula e a quantidade de água retida. À medida que as mudas se desenvolvem, a água disponível se esgota em períodos cada vez mais curtos, exigindo irrigações cada vez mais freqüentes.
Durante o crescimento das mudas, pode haver o esgotamento de nutrientes, ocasionando sintomas de deficiência, principalmente de nitrogênio. Para a correção da deficiência, fez a aplicação de 12g de MAP diluído em 2 litros de água para fertirrigação, pois as mudas apresentavam sintomas de deficiência de fósforo e também de nitrogênio, o MAP apresenta em sua composição N e P . As mudas foram fertirrigadas até o substrato ficar totalmente molhado. Dependendo da composição do substrato pode ser necessário aplicar outros nutrientes. Nesse caso, recomenda-se um fertilizante foliar formulado com micro e macronutrientes, seguindo a recomendação do fabricante. A aplicação de nutrientes e a irrigação na fase de produção de mudas deverão ser uniformes evitando-se, desse modo, que as mudas fiquem desuniformes, dificultando as operações de transplante e colheita.
Na semana que antecede ao transplante, recomenda-se proceder o "endurecimento" das mudas, reduzindo a quantidade de água e o fornecimento de nitrogênio. Essa técnica evita que as mudas fiquem muito vigorosas e tenras, facilitando o transplante e melhorando o seu pegamento.
A confecção da cova é extremamente importante para assegurar um bom pegamento. As covas foram feitas com pás semelhante a da figura abaixo. Para um bom pegamento, o substrato da muda deve ficar próximo ao nível do solo, porém deve ser coberto e não ficar exposto a superfície. Deve-se penetrar a pá ao lado da muda e pressionar em direção a muda para que bolsões de ar que porventura fiquem nas camadas mais subsuperficiais não matem as raízes das mudas. Deve tomar muito cuidado com danos no sistema radicular, principalmente pois estes danos se tornarem porta de entrada à patógenos.
Foram transplantadas 6 fileiras simples com 12 plantas cada, sendo duas fileiras de cada cultivar entre elas: Cultivar Mascot (grape) da TOPSEED, Sophia (salada) DA SAKATA e Dominador (caqui) da TOPSEED. O espaçamento utilizado foi 1,0X0,6m, totalizando 72 plantas. O índice de pegamento foi 100%, pois não houve ataque severo por pragas ou doenças.
Na mesma ocasião foi montado o sistema de irrigação por gotejamento para suplemento hídrico da cultura e por onde serão aplicados adubações de cobertura via fertirrigação.