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mosca-branca é um inseto com aproximadamente 126 gêneros e mais de 1.200
espécies, sendo Bemisia tabaci a mais
importante e amplamente distribuída. As evidências apontam que B. tabaci possa
compor, atualmente, um complexo de espécies com cerca de 20 biótipos, sendo
capaz de se alimentar de 700 espécies diferentes de plantas, tanto anuais como
perenes, como soja, ervilha, feijão, algodão, tomate, batata, berinjela,
pimenta, fumo, repolho, couve, brócolis, melão, melancia, pepino, mamão, uva, roseira,
entre outras.
Prejuízos
Os ataques da mosca-branca causam diversos danos às
culturas, podendo ser estes diretos ou indiretos:
DIRETOS:
- Desordens fitotóxicas (amarelecimento de folhas, ramos
e frutos) causadas pela injeção de toxinas.
- Fumagina
nas folhas reduzindo a taxa fotossintética das plantas, bem como a uniformidade
na maturação das colheitas e a consequente produção.
INDIRETOS (Maior importância):
- Vetor de várias viroses (especialmente do gênero
Begomovirus na cultura do tomateiro).
Táticas
de manejo
- Tratamento preventivo de
mudas e sementes;
- Destruição dos restos de
cultura e preparo do solo antecipado;
- Evitar o escalonamento do
plantio e a adoção de barreiras vivas;
- Coberturas repelentes;
- Monitoramentos frequentes nas
áreas cultivadas e imediações;
- Vazio sanitário;
- Controle
químico do complexo mosca-branca
Os inseticidas registrados e de maior eficiência no
controle da mosca-branca são os neonicotinoides, os reguladores de crescimento
e os cetoenois. Em ocasiões em que se verifica a presença de formas jovens, as
melhores opções são os agroquímicos que tenham efeito também sobre as ninfas,
isto é, “os ninficidas”.
Para aprimorar o controle desta praga, as pulverizações
deverão ser iniciadas nas bordaduras ou ao redor das áreas plantadas e depois
em seu interior, pois, deste modo, será composta, na própria lavoura, uma
pequena barreira de contenção, evitando que os adultos da mosca-branca migrem
para áreas não pulverizadas. Deve-se utilizar o volume de calda adequado,
realizando a pulverização nas horas mais frescas do dia, com o objetivo de
atingir a face inferior das folhas e, se possível, sem vento.
Atualmente é indispensável, para uma maior eficácia no
controle, a rotação de inseticidas, levando-se em conta o sítio de ação de cada
um deles. Isto porque pesquisas realizadas têm comprovado a evolução da
resistência de B. tabaci aos principais grupos químicos de inseticidas.
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