sexta-feira, 19 de junho de 2015


A mosca-branca é um inseto com aproximadamente 126 gêneros e mais de 1.200 espécies, sendo Bemisia tabaci a mais importante e amplamente distribuída. As evidências apontam que B. tabaci possa compor, atualmente, um complexo de espécies com cerca de 20 biótipos, sendo capaz de se alimentar de 700 espécies diferentes de plantas, tanto anuais como perenes, como soja, ervilha, feijão, algodão, tomate, batata, berinjela, pimenta, fumo, repolho, couve, brócolis, melão, melancia, pepino, mamão, uva, roseira, entre outras.
Prejuízos
Os ataques da mosca-branca causam diversos danos às culturas, podendo ser estes diretos ou indiretos:
DIRETOS:
- Desordens fitotóxicas (amarelecimento de folhas, ramos e frutos) causadas pela injeção de toxinas.
- Fumagina nas folhas reduzindo a taxa fotossintética das plantas, bem como a uniformidade na maturação das colheitas e a consequente produção.
INDIRETOS (Maior importância):
- Vetor de várias viroses (especialmente do gênero Begomovirus na cultura do tomateiro).
Táticas de manejo
- Tratamento preventivo de mudas e sementes;
- Destruição dos restos de cultura e preparo do solo antecipado;
- Evitar o escalonamento do plantio e a adoção de barreiras vivas;
- Coberturas repelentes;
- Monitoramentos frequentes nas áreas cultivadas e imediações;
- Vazio sanitário;
- Controle químico do complexo mosca-branca
Os inseticidas registrados e de maior eficiência no controle da mosca-branca são os neonicotinoides, os reguladores de crescimento e os cetoenois. Em ocasiões em que se verifica a presença de formas jovens, as melhores opções são os agroquímicos que tenham efeito também sobre as ninfas, isto é, “os ninficidas”.
Para aprimorar o controle desta praga, as pulverizações deverão ser iniciadas nas bordaduras ou ao redor das áreas plantadas e depois em seu interior, pois, deste modo, será composta, na própria lavoura, uma pequena barreira de contenção, evitando que os adultos da mosca-branca migrem para áreas não pulverizadas. Deve-se utilizar o volume de calda adequado, realizando a pulverização nas horas mais frescas do dia, com o objetivo de atingir a face inferior das folhas e, se possível, sem vento.
Atualmente é indispensável, para uma maior eficácia no controle, a rotação de inseticidas, levando-se em conta o sítio de ação de cada um deles. Isto porque pesquisas realizadas têm comprovado a evolução da resistência de B. tabaci aos principais grupos químicos de inseticidas.

Adultos de mosca-branca (Imagem da internet)


FONTE: http://www.grupocultivar.com.br/site/content/artigos/artigos.php?id=973

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